terça-feira, 25 de agosto de 2009

Se joga no cinema: Confissões de uma garota de programa

Quando um filme do renomado produtor e diretor hollywoodiano Steven Soderbergh (oscarizado por Erin Brockovich, de Onze, doze e treze homens e um segredo, Insônia, Traffic) possui apenas três sessões diárias em todas as salas de São Paulo, fiquei instigado a assistir ao filme do trailer sem falas que já me havia interessado. E confesso que não me decepcionei.
A quem não sabe, o filme narra desventuras, planos e conflitos de uma Escort girl nova-iorquina, que fatura alto e é extremamente ambiciosa; como pano de fundo, a mais profunda crise econômica global desde a grande depressão e a corrida presidencial americana.
Atenção a três aspectos técnicos: direção de fotografia, figurino e edição. Sem chamar muita atenção, porém com merecido primor, o trabalho destas áreas faz o seu papel: não rege o filme ou polui o desenvolvimento dos personagens, porém se faz presente e torna o filme uma experiência agradabilíssima. Dada a fantasia criada, merece também os parabéns a direção geral, que mantém estes fatores corretamente dimensionados na história.
A história, em si, é muito bem conduzida e construída. O espectador tem que permanecer colado na tela para não se perder, pois o filme não é linear. Não que a teia seja fundamental ao desenrolar dos fatos (na verdade não é), mas contribui para o filme não ser maçante ou frágil, dada a incompetência do elenco. Sim, meus caros, pode parecer duro, mas este é um aspecto latente: nenhum dos personagens é suficientemente complexo ou interessante (a se desconsiderar o aspecto físico do casal protagonista) para que se saia do cinema obcecado por este fator. Mas, como já ressaltado, a beleza do desconhecido Chris Santos e de Sacha Grey (famosa ex-atriz pornô) mantém o foco de qualquer ser humano com uma quantidade razoável de hormônios correndo no sangue.
O desfecho (desta longa metragem de meros 78 minutos) se dá da mesma forma que o filme se conduz: suave e elegantemente superficial, possui aquele toque de requinte que apenas uma prostituta de luxo ou a inebriante Manhattan conseguem ter.
Luxo: requinte, luxo e beleza atordoando o espectador
Lixo: superficialidade não se limita aos personagens, mas alcança a atuação
Balanço geral: Se joga na elegante frivolidade do sub-mundo requintado.
Alguém aí já assistiu?
Vai assistir?
Opiniões são benvindas!
Abaixo, o trailler:

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